Erliquiose, popularmente conhecida como doença do carrapato, é uma das doenças transmitidas pelo Rhipicephalus Sanguineus, nosso conhecido carrapato marrom. É uma hemoparasitose onde o agente infeccioso fica no sangue e infecta as células sanguíneas. Apesar de relativamente comum, existem muitas dúvidas e questionamentos por parte dos tutores sobre os sintomas, gravidade, contágio entre outras que vamos esclarecer a seguir.
Ao contrário do que pensamos, não é necessária uma infestação de carrapatos para que haja a contaminação. Apenas um carrapato contaminado já transmite a doença através de sua picada, onde a saliva contaminada penetra na corrente sanguínea do cão e infecta.
Apesar de ser necessário somente um carrapato para se contaminar, ele precisa estar fixado na pele do cão por pelo menos seis horas para que ocorra a infecção. Por ser uma doença que afeta diretamente as células sanguíneas, também pode ser transmitida pela transfusão de sangue, que em caso de necessidade deverá passar pelos testes sanguíneos.
Para diagnosticar a erliquiose, o médico veterinário fará um exame físico completo, considerando o histórico médico e a exposição a carrapatos, também serão necessários alguns exames de sangue. Cães recém infectados, podem testar negativo nos primeiros estágios da doença. Novos exames deverão ser realizados semanas depois e poderão revelar a presença de anticorpos e confirmar o diagnóstico. No exame de sangue serão verificadas as plaquetas, a contagem de células brancas, nível de proteína nas células e anticorpos. Testes especiais podem ser utilizados na triagem clínica como o ELISA ou DNA/PCR, para determinar a espécie de Erliquia que infectou o seu pet.
O diagnóstico é dificultado porque os cães infectados com Erlichia, também podem estar contaminados com outras doenças transmitidas pelo carrapato como a Babesiose, doença de Lyme ou febre maculosa.
Os sintomas da erliquiose se dividem em três fases:
Fase aguda – nesta fase os cães infectados apresentam febre, linfonodos inchados, dificuldade respiratórias, perda de peso, hemorragia espontânea ou sangramento e às vezes alterações neurológicas (podem parecer instáveis ou desenvolver meningite). Esta fase pode durar de duas a quatro semanas e alguns cães podem eliminar a infecção ou passar para a fase subclínica.
Fase Subclínica – é considerada a pior fase, porque não há sinais clínicos e a doença do carrapato passa despercebida. Muitas vezes os pets passam pela fase aguda sem que o tutor perceba que ele está doente, pois o organismo está infectado, mas o animal não apresenta sintomas. O diagnóstico nessa fase é somente através de exames laboratoriais. Em alguns casos a única dica de que o cão pode estar infectado é um sangramento prolongado ou manchas avermelhadas pelo corpo. Neste caso também os animais podem eliminar a doença ou progredir para o próximo estágio.
Fase Clínica – Nessa fase o sistema imunológico não é capaz de eliminar protozoário que o infecta. Podem desenvolver uma série de problemas como: anemia, episódio de sangramentos, problemas oculares, problemas neurológicos e membros inchados. Se houver falha da medula óssea, o cão ficará incapaz de fabricar uma das células sanguíneas necessárias para sustentar a vida.
Apesar de ser considerada uma doença endêmica no Brasil e ter grande casuística em alguns estados, o diagnóstico de erliquiose pode ser difícil, já que os sintomas podem aparecer apenas duas a três semanas após o pet ter sido infectado e, se testado nesse período, ele pode apresentar um falso negativo e na fase subclínica isso torna-se ainda mais difícil.
Quando é feito o diagnóstico, independente da fase da doença, existem vários tipos de protocolos de tratamento que podem ser seguidos. Na maior parte das vezes o médico veterinário prescreve antibióticos a base de doxiciclina. O tratamento é longo, mas a melhora das condições de saúde do pet já pode ser percebida logo no início.
Em fases agudas e subclínicas, com tratamento adequado e novos exames para verificar que a doença tenha sido eliminada, pode haver uma completa recuperação. Já na fase crônica, a recuperação torna-se mais difícil, já que eles estão mais fracos e debilitados mais facilmente, muitas vezes sendo necessária uma transfusão de sangue, além do tratamento regular com antibióticos. A taxa de mortalidade nesse estágio é muito maior do que nos anteriores.
Mesmo que o seu pet já tenha tido erliquiose, ele pode ser infectado novamente, pois a imunidade não é vitalícia. Por ser uma doença perigosa, é imprescindível que seja detectada logo no início, e a sua melhor aposta sempre será a prevenção.
Os medicamentos para a prevenção de carrapatos devem ser utilizados sempre. Descubra com seu médico veterinário qual o melhor medicamento para a proteção do seu amigo, com base onde você mora, a idade e o estilo de vida dele. Hoje já possuímos medicações excelentes, mas nenhuma é 100%, por isso uma vistoria periodicamente ou após os passeios podem ajudar bastante na prevenção.
Em caso de dúvida, levando em consideração a gravidade do problema, sempre opte pelo excesso de cuidado, leve seu amigo para fazer check-up regulares! A consulta é um excelente momento para avaliar a saúde do seu pet.
No Empório do Pet contamos com uma equipe dedicada e preparada para cuidar da saúde do seu pet e te orientar com atenção e carinho. Nossos profissionais atendem com hora marcada para seu conforto, também dispomos de veterinários parceiros e exames laboratoriais e de imagem. Tudo isso em um ambiente acolhedor!
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